terça-feira, 3 de novembro de 2020
quarta-feira, 22 de abril de 2020
quarta-feira, 1 de abril de 2020
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019
MEMÓRIAS DE UMA MULHER - DORA DIMOLITSAS -
Luluz era uma garotinha
cheia de vida, alegre, vibrante como toda criança feliz. Morava numa cidade
chamada Olinda, em uma casa de madeira, humilde, mas bem construída, feita com
muito carinho pelo seu Freitas, o pai. Dona Maria José, a mãe e as irmãs Marí e
Luidé completavam a família.
A casa ficava perto de um
seringal, na beira de um rio, é verdade sim que isso nunca foi motivo de
tristeza para Luluz, ela adorava a vida que tinha ali. Sua alegria era brincar
com as galinhas, ficava horas olhando elas ciscarem no terreiro. Corria atrás
delas e alimentava os pintinhos com milho. Achava bonitos de se ver, com aquelas
penugens de cores variadas.
A vida ali era simples,
mas feliz.
Certa vez receberam
visitas, pessoas com modos e roupas muito finas, pareciam ricas. Disseram ser pesquisadores
de petróleo e queriam conhecer as redondezas. Luluz ficou feliz da vida e convidou
para passear uma moça muito bonita do grupo, que lhe despertou a atenção. De
mãos dadas com ela, a levou para a mata próxima de casa, onde tinham vários pés
de jatobá. Elas pulavam prá lá e prá cá, muito alegres pela mata. Sentaram-se
em alguns troncos, brincaram com as folhas e com alguns jatobás caídos. Encantaram-se
com o tamanho da árvore, muito alta e com os frutos que despencavam no chão.
Foi um dia maravilhoso,
beberam água na cacimba, lá no paiol colheram espigas de milho, pularam várias
filas de borracha, feitas da seringueira e retornaram para casa, sorrindo
felizes. A moça bonita estava radiante com tantas descobertas e deu de presente
para Luluz, um perfume, ela pulou de alegria.
No dia seguinte as
visitas foram embora e deixaram sapatos, roupas, e muito alimento, em
agradecimento pela hospitalidade.
Tudo transcorria normal
naquele pequeno pedaço de chão, onde Luluz era feliz como ninguém, junto a sua
família.
Dois anos se passaram.
Um dia Luluz se viu junto
com sua mãe e as irmãs em uma frágil canoa, num rio enorme, e por ser pequena
demais, sentiu-se desprotegida. A mãe remava e chorava, sem dizer nada. Após
quase um dia e meio viajando naquela canoa, sozinhas, finalmente, chegaram a
outro seringal. Algumas pessoas vieram recebê-las e as instalaram em um enorme
casarão. Passaram-se alguns dias e o pai, seu Freitas, apareceu. Ele veio em um
grande barco chamado de batelão. Levou-as para a cidade, onde comprou roupas
novas, sapatos e material de uso pessoal. E depois, mais viagem...
Não sabiam as meninas
para onde estavam indo. Chegaram num a cidade chamada Manaus e Luluz e suas
irmãs foram entregues pelos pais, a umas senhoras vestidas de preto, com um
chapéu branco e preto cobrindo-lhes a cabeça. Ela ouviu o Pai chamá-las de
irmãs. Eram as freiras do Colégio Sagrado Coração de Jesus. E aquela garotinha
feliz, sem preocupações, em tão pouco tempo se viu sozinha, com suas irmãs, em
meio a meninas iguais a elas, com problemas semelhantes, mas a quem nunca tinham
visto na vida. Luluz ficava espantada com algumas meninas, que eram irritadas,
cheias de vontade e caprichos, elas nada tinham a ver com o temperamento dela,
acostumada a um modo de vida tranquilo. Dali em diante, se viu frente a frente
com uma realidade diferente. Teve que defender-se e também suas irmãs. E para
proteção delas Luluz juntou-se a um grupo, e o liderava, como forma de defesa,
contra as possíveis agressões. Certo dia Luluz viu uma funcionária do colégio
dar uma cotovelada no estômago de uma de suas irmãs, ela não teve dúvidas,
passou a mão nas bonecas e em seus brinquedos, chamou Marí e Luidé e foram se
esconder atrás da enfermaria do colégio. Elas tinham seis, cinco e quatro anos
de idade.
Resolveram fugir dali.
Saíram pelas ruas da
cidade sem noção pra onde ir. Graças à memória apurada das crianças, Luluz
lembrou que, ao chegar à cidade, o pai as levou, por alguns dias, na casa da
tia Georgina, num lugar chamado Bosque. E logo atinou:
- é para lá que vamos!
Com as caixas de
brinquedos nas mãos, descalças, lá se foram as crianças ao encontro da tia.
No caminho Luluz pensava:
- em minha irmãzinha
ninguém vai bater, não na minha frente! Foram perguntando onde era o local, andaram
muito, até que à noite chegaram à casa da Tia Georgina, no tal Bosque.
Para tristeza das
crianças a tia não estava em casa, e foram recebidas pelo primo Otávio, que era
um homem muito bravo. Ele as colocou de joelhos e deu várias cintadas,
dizendo-lhes que erraram ao fugir do colégio. As meninas choraram muito, mesmo
assim, pra sorte delas, depois deste dia cansativo, o primo malvado deixou-as
dormir ali naquela noite.
Mas, no dia seguinte... lá
estavam as freiras para buscá-las. Elas ficaram tristes, mas voltaram para o
colégio. Não entendiam porque tinham que ficar ali, longe dos pais e nem o que
tinha acontecido, pois eles tinham se separado.
A vida seguia seu curso.
As meninas cresceram e
tornaram-se lindas moças, com uma educação primorosa, graças ao colégio das
freiras, que era de uma ordem italiana.
Certo dia a Madre
Superiora veio até Luluz e disse-lhe:
- Filha, você já
completou 15 anos, é hora de sair do colégio. As suas irmãs devem ficar ainda, até
completar a sua idade.
Era estrada de novo para Luluz...
lá se foi ela novamente, para a casa de amigos do pai.
A Jovem nada sabia do
mundo, era alegre, inocente, e cheia da vida. Atraiu logo o interesse do irmão
do dono da casa, que a seduziu. Passado o tempo da conquista, ele a abandonou,
indo embora, para ele uma garota, ainda menor de idade, poderia representar
grandes problemas. Por falta de orientação, Luluz não soube o que fazer, além
disso, o homem a proibiu de contar a alguém o que ele tinha feito a ela.
Um dia voltou para casa
de seu pai, que morava em Manaus. Pensou estar salva, mas foi que aí coisas se
complicaram mais... Seu Freitas tinha mudado de vida e havia se casado com
outra mulher e de sua mãe, Maria José, ninguém mais soube nada.
A nova esposa não aceitava
Luluz e para confirmar isto, fazia provocações ao marido até que ele tirasse a
cinta e surrasse sua filha, até sangrar. Foram três anos de surras diárias,
daquelas de tirar a pele.
Ao completar 18 anos
Luluz decidiu que era chegada a hora de cuidar de si mesmo. Pegou um avião
escondido da família, e fugiu para uma cidadezinha perto de Manaus. Assim
iniciou sua verdadeira vida, inscreveu-se em um curso de saúde, fez um acordo
com um familiar da cidade, e ficou hospedada na casa dele, pagando-lhe a estadia,
conforme o salário que recebia.
Deste familiar Luluz,
ainda hoje, lembra com muito carinho e dedica-lhe o maior respeito e
consideração. Graças ao seu carinho e amparo, que recebeu em sua casa,
conseguiu concluir o seu curso de enfermagem, o que mudou toda a sua vida.
Já formada foi convidada
a trabalhar numa cidade perto e ganhando um bom salário. Não lhe faltaram
pretendentes para casar, mas ainda não tinha encontrado a pessoa certa.
Após um tempo
trabalhando, teve um sonho que lhe mostrou todo o seu futuro. Determinada como
sempre, mudou pro Rio de Janeiro, em busca de realizar este sonho. E não é que
tudo aconteceu igual no sonho? Hoje tem um esposo amoroso, uma família linda,
uma vida mais que tranquila, alcançou muito sucesso em tudo o que faz!
Claro que nunca esqueceu
suas irmãs, elas vivem bem perto dela no Rio. Também se casaram, tem família e
são muito felizes.
Luluz, hoje, já bem
velhinha, guarda suas lembranças tristes e felizes e agradece sempre a Deus por
ter conseguido vencer as dificuldades.
Sua vida virou história
para seus netos, que a escutam com os olhinhos arregalados até dormir.
terça-feira, 16 de julho de 2019
domingo, 2 de junho de 2019
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Através
de glifos e códices,
Os
povos foram evoluindo
No
trato com a vida,
Com
a morte, e a cultura,
Fazendo
imagens, pintura,
E
as contas dos dias, foram
Estabelecendo
pontes,
Mostrando
toda capacidade criadora.
Alimentando,
e criando
A
história na memória de um povo,
Deixando
legados para todas as gerações,
Dando
a História, vida real.
Doroty
B J Dimolitsas
sexta-feira, 5 de abril de 2019
https://www.facebook.com/doroty.b.dimolitsas/videos/10216308036204806/
Desfile da revista Paulistana.
CLIC PARA VER O VÍDEO
segunda-feira, 1 de abril de 2019
![]() |
Desfile da Revista Paulistana, Club Esperia dia 31 de março de 2019 |
![]() |
![]() | |
Istituto de Cinema, Miclelina Atriz internacional |
![]() | |
premio com o Conde Thiago de menezes, e alguns amigos. | r legenda |
![]() |
Documentario Decada perdida. |
segunda-feira, 25 de março de 2019
Borboletas, Sua
silhueta,
Revela amor, beleza,
e leveza
Vive em busca da
luz
Reflexo de quando
vivias em casulo
Muito tempo calado.
O mundo voando vais
abraçar.
Muitas flores vais
visitar
Peletizando todo
pomar.
Em cada flor uma
gota de amor.
Borboleta você foi
escolhida
Eu vou te contar ,
Por sua cor encantar
Es todinha azul
Como um pedaço do
Céu
Ou será uma
aquarela
Que na janela
pousou
Fazendo meu coração
pulsar.
Voa Borboleta, vai
ao mundo enfeitar.
Dora Dimolitsas.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
Falar
sobre os meus 70 anos.
Estar
na faixa dos 70 anos, no meu caso é um troféu.
Aprendi
que na minha idade absolutamente tudo ainda é possível, apos
trabalhar durante 32 anos no serviço publico concursada da saúde,
aposentei, como achei que minha dinâmica de vida não me permitia
ficar parada, montei um negócio, que infelizmente não pode continua
por questões de saúde em familiar.
E
foi ai que parti para voltar as salas de aula, resolvi fazer cursos
de literatura,e de Produção Cultural, onde ganhei o posto de
Diretora do Projeto Poemas á Flor da Pele, com representação em
vários estados brasileiros, e representante do projeto internacional
Proyecto Cultural Sul.
Através
destes projetos, realizei grandes eventos, com projeções nacionais,
e internacionais.
Projetando
músicos, poetas, escritores, dançarinos, lançando livros, artes
plásticas, criando elos entre todos, criando assim um elo de artes
fortalecido pelo apoio maciço do Jornal Sem Fronteiras, e as
diretorias destes projetos o qual administrei em São Paulo desde
2006 até 2015 quando resolvi por força de ,como já falei, saúde
em familiar, precisei me afastar, achando que assim ficaria em casa
tranquila, mais a formiguinha que me move, me levou a novas
possibilidades, em 2011 já por força do trabalho com produção
Cultural achei por bem-fazer o curso de Atriz, assim aprenderia a ter
mais dinamismo em minha linguagem, pois por ter uma deficiência
auditiva, tenho um pouco de dificuldade na linguagem.
Porem
como uma coisa leva outra, fui procurar fazer um curso de Jornalismo,
critica, do audiovisual, história das Culturas, e agora já com 72
faltando um mês para fazer 73 anos decidi fazer Cinema, e
consequentemente, o curso de modelo.
O
Curso de Modelo fiz na escola Katia Dember, os outros cursos,
aproveitando e abusando de minha faixa de idade, aproveitei e
entrei nos cursos da faculdade da terceira idade da USP. Sou membro
de umas 10 Academias de Letras.
Escrevi
3 livros solos, e participação em 600 antologias,
escrevi 2 peças de teatro, dois roteiros para um longa, e um
documentário.
Com
ajuda de Deus tive todo reconhecimento que qualquer escritor, ou
profissional deseja, ou sonhou. Medalhas, Troféus, Certificados.
Enfim,
contando
um
pouco
mais de 100 prêmios.
Uma
de minhas peças a Dama de Vermelho por Intenção acabou de ganhar
agora em dezembro o prêmio de melhor peça de teatro internacional
na Itália. Concorrendo com outros participantes internacionais.
Falo
destes valores e reconhecimento, não para minha exaltação, mais
para dizer que, mesmo com 72 anos ainda estou atuante,é por este
motivo que ainda com esta idade sou modelo de Fotógrafos
internacionais.
acabei
sendo a 2º vice diretora da Associal de Jornalistas e escritoras de
São Paulo.
Dai
você diz nossa é muita coisa, não é não.
Tudo
que faço eu organizo de tal maneira que na minha agenda sobra até
tempo para eu cuidar de meu esposo, meu filho, e de minha própria
pessoa.
Sou
muito vaidosa,e
dedicada
a família,
embora
gosto muito de
realizações, tenho como base minha família, considero que não
adianta nada conquistar tantas coisas que gosto, se não conciliar
com minha família que no meu caso, é totalmente a minha base.
E
por isto que te digo ter 72 anos no meu caso é um troféu.
Doroty
B J Dimolitsas
Dora
Dimolitsa72 anos mora em São Paulo
Jornalista ,Escritora, Poeta
Atriz com DRT, com 3 livros solos, e participação em 600 antologias.
Crítica do Audiovisual, e estudiosa de histórias do mundo
2 Roteiros de Filmes, e duas peças de teatro. Uma delas premiada na Itália.
Jornalista ,Escritora, Poeta
Atriz com DRT, com 3 livros solos, e participação em 600 antologias.
Crítica do Audiovisual, e estudiosa de histórias do mundo
2 Roteiros de Filmes, e duas peças de teatro. Uma delas premiada na Itália.
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