terça-feira, 14 de março de 2017




O nascer da poesia

E como um jardim que brota.
No asfalto, ou entre espinhos,
No campo, ou na estufa,


Vai brotando e nascendo.

Que a perfeição da luz, traga
Até você, o reflexo da energia,
da vida, e do amor.


Com a beleza das palavras
O sentimento, arrebenta o peito e nasce.
As verdades vão brotando
Como uma flor desabrochando


Até o seu florir total,

E como um ser carente de existência
Precisa ir para o papel
Criar pernas,  asas, e voar.

Assim é a poesia.

Dora Dimolitsas




O poema, por muitos séculos, foi atrelada a função narrativa que atribuía a ele a necessidade de representar a realidade. Se observarmos, por exemplo, as epopeias gregas, escritas em versos, cuja função era de registrar feitos heroicos que exaltam os guerreiros vitoriosos, cantando a coragem, a nobreza, o valor e os costumes do homem grego, perceberemos que o poema exerceu também a função referencial, apesar de Paz (1993, 102) chamar a atenção para o fato das epopeias, serem antes de tudo, poemas e assim necessitarem ser lidas: "A Odisséia descreve costumes de indiscutível interesse para o historiador, mas não é nem um relato de história nem uma reportagem etnográfica: é um poema, uma criação verbal.,

Nenhum comentário: