Ramalah, 23 fev (Prensa Latina) A Autoridade Nacional Palestina
(ANP) condenou hoje provocações de extremistas israelenses na mesquita
Al-Aqsa, enquanto setores políticos da Cisjordânia repudiaram a
destruição de olivais e o anúncio de 500 novas moradias para colonos
judeus.
Nabil Abu Rudeinah, porta-voz do presidente da ANP, Mahmoud Abbas,
criticou a invasão, pela força de colonos judeus e outros grupos
extremistas, na mesquita situada na Cidade Velha de Jerusalém e
considerada o terceiro lugar sagrado do Islã.
As declarações de
Rudeinah seguiram à ocupação por 65 extremistas dos pátios da Al-Aqsa
com a anuência das forças de ocupação isrealenses, gerando mal-estar e
confrontos com fiéis muçulmanos palestinos, quatro dos quais foram
presos.
"É uma perigosa e provocativa escalada que terá sérias
consequências", advertiu o porta-voz de Abbas ao responsabilizar ao
governo do premiê israelense, Benjamín Netanyahu, dos fatos que possam
se derivar, instando a comunidade internacional a atuar.
Os
líderes palestinos acusam Israel de violar a liberdade de credo e pôr em
perigo a frágil estabilidade na cidade santa, dado que os muçulmanos
responderam à intervenção dos colonos cantando consignas religiosas e
resistindo-se a abandonar a mesquita.
A polícia israelense
impediu a entrada de centenas de palestinos que se concentraram em
frente à Al-Aqsa para proteger esse recinto sagrado, depois que colonos
do assentamento de Kiryat Arba, cerca de Hebrón, chamaram a ascender ao
Monte do Templo e a "purificar" os muçulmanos.
Precisamente,
carroças militares e buldozeres do Exército sionista arrasaram na
passada madrugada numerosas árvores de oliveira no território da aldeia
de Surif, ao lado de Hebrón, depois de haverem confiscado as terras
pertencentes a dois palestinos.
Estas agressões somaram-se ao
anúncio, na quarta-feira, do porta-voz da administração civil, Guy
Inbar, de que o comitê que regula as construções nos assentamentos
judeus autorizou a construir 500 novas casas na colônia cisjordana de
Shilo.
Ademais, as autoridades legalizaram com caráter
retroativo cerca de 200 casas edificadas sem as devidos permissões no
bairro de Shvut Rachel, ampliando assim os assentamentos que a ONU
considera ilegais.
De acordo com dados oficiais, mais de 310 mil
israelenses vivem em colônias da ocupada Faixa Ocidental ou
Cisjordânia, e outros 200 mil em uma dúzia de comunidades em Jerusalém
Leste, usurpada em 1967 e que os palestinos reclamam como capital de seu
futuro Estado independente.
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