sábado, 10 de dezembro de 2011


Saiba mais sobre as mulheres no mundo árabe e muçulmano
Infográfico traz indicadores sobre a situação feminina na Arábia Saudita, Egito, Iêmen, Líbia, Síria e Tunísia e detalha as vestimentas muçulmanas


As mulheres vêm tendo importante papel na Primavera Árabe, como ficaram conhecidos os levantes que confrontam regimes autocráticos no Oriente Médio e norte da África, ao marchar lado a lado com os homens durante as manifestações populares.
Saiba mais:
- Situação geral: Apesar de papel em levantes, mulheres árabes ainda lutam por direitos

Manifestantes protestam contra presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, na capital do país, Sanaa


- Mulheres no Egito: Contra revolução frustra avanço de egípcias, diz ativista
- Mulheres no Iêmen: Casamento infantil dificulta situação de mulheres no Iêmen
- Personagem da Líbia: Professor foi 'voz do povo líbio' em levante contra Kadafi
A Tunísia tornou-se o epicentro das mobilizações quando, em 14 de janeiro, pôs fim ao governo de 23 anos do presidente Zine El Abidine Ben Ali, que renunciou sob a pressão de manifestações iniciadas quase um mês antes - em 18 de dezembro de 2010. O sucesso da Tunísia inspirou manifestantes no Egito que, em 18 dias de mobilização, conseguiram forçar a renúncia de Hosni Mubarak, depois de quase 30 anos no poder, em 11 de fevereiro.


Mulheres votam no 2º turno da eleição egípcia em Nasr City, um bairro do Cairo

Outros movimentos antigoverno ganharam força, mas, confrontados com a resistência de líderes agarrados ao poder, enveredaram para conflitos violentos. Um deles foi na Líbia, onde Muamar Kadafi, que se manteve no poder por 42 anos até ser deposto por um levante iniciado em fevereiro que se tornou uma sangrenta guerra civil, foi morto em 20 de outubro por forças revolucionáriasdois meses depois da queda do regime.


Mulheres sauditas saem de carro em Riad

No Iêmen, o presidente Ali Abdullah Saleh só aceitou um acordo para sua renúncia em 23 de novembro, após manifestações e confrontos violentos que deixaram centenas de mortos desde o início da revolta popular, em janeiro. Saleh ficou 21 anos no poder. Na Síria, o presidente Bashar al-Assad, que sucedeu a seu pai em 2000, ainda resiste ao chamado das ruas em meio a uma repressão que deixou, segundo a ONU, mais de 4 mil mortos desde março.

Mulheres que participaram dos levantes em seus respectivos países foram reconhecidas em premiações internacionais. No sábado, a ativista iemenita Tawakkul Karman receberá o Prêmio Nobel da Paz, ao lado de duas liberianas, por sua defesa dos direitos das mulheres. Em 27 de outubro, a militante egípcia Asmaa Mahfouz e a advogada síria Razan Zeitouneh fizeram parte do grupo de cinco ativistas árabes que receberam o prestigioso Sakharov, prêmio do Parlamento Europeu que promove a liberdade de pensamento.
nita mostra punho com as bandeiras de Líbia, Síria, Iêmen, Tunísia e Egito. Na parte superior da mão lê-se: 'Venceremos'

Apesar disso, ainda há muito a avançar na questão de direitos femininos nos países árabes. Confira, no infográfico abaixo, os indicadores sobre as mulheres nos cinco países citados acima e na Arábia Saudita, considerado um dos mais repressores. O reino, que registrou apenas protestos pontuais por mudanças neste ano, anunciou em 25 de setembro que as mulheres poderão concorrer e votar nas eleições municipais a partir de 2015.



Líbios reagem à morte do líder deposto Muamar Kadafi do lado de fora da embaixada em Londres, Reino Unido


Georgina Mtanious al-Jammal, mãe de Sari Saoud, menino de 9 anos que foi morto na repressão do governo sírio em Homs


Mulheres participam de eleição legislativa na Tunísia em 24 de outubro

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