Reptil transita o verso
na Cripta dormente
Presas pelos dentes empedernidos
Na longa estrada do sol poente
A epiderme impede
O fremir, deixando
O carrapito em pé
Dora Dimolitsas
Como espada afiada
Ou arame farpado,
Um lampejo em espiral
Esperanças Esquivas
De uma hábil jornada.
De cantar ou sangrar
Não como espelhos rachados.
Ou estátuas de mármore
Apenas um sol fluorescente
Dora Dimolitsas
Avalanches
Rimas dissonantes.
Veredas
atravessava-lhe
o cérebro.
Perigos, trincheiras
Sangue quente.
O sibilar da serpente
Com sangue frio
Ouviu o mar
Soluçar um grito.
Dora Dimolitsas
Taça Quebrada
Sol poente
Águas paradas,
Garganta devastada,
Pálpebras, ossos,
E espinhos da loucura.
Os pés seres plasmados
Inconcreta criação
Hibernação, e barbatana de couraça.
O pêndulo refletiu no espelho
Geografias de buraco negro.
Dora Dimolitsas
Equilíbrio Quântico
Equilíbrio quântico,
Vibrações translúcidas,
Na percepção harmônica.
Que seus olhos expressivos e ovalados
Iluminem, através do cristalino,
A
janela da alma, o palácio interno em seu coração.
E sinta as vibrações da consciência.
Sinta a dança da vida, e os rodopios.
Do bailar em seu mundo.
Dora
Dimolitsas
É noite
A luz avança sobre a noite,
o chicote
enrosca –se no crânio,
O cérebro exposto sobre
retorcidos caracóis,
Percorre a espuma do abismo.
Sobre faíscas rotativas,
Dores abdominais
Cachoeira é alimento ,
Com
forma de ovos estalados.
Com fortes
raízes fincadas ao chão,
Grande agonia, um esforço sobre-humano,
A ajuda não
chega...
E do
ventre que sangra,
A vida se extinguiu.
A noite voltou.
Doroty B J Dimolitsas