sábado, 18 de março de 2017



São Paulo à noite

São Paulo á noite nas ruas
Parece nua, com suas cores, suas luzes piscando
Todas no mesmo ritmo, como um grande coração.

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Nos bares a vida pulsa

As caras encaram no peito a noite.

Aqui, acolá, uma pessoa passa cantando

Falando, sorrindo, olhando pra longe,
A procura da existência no vazio,



O vento bate no rosto
Cochicha palavras inexplicáveis.

Que nos fala ao ouvido, baixinho.

R-e-f-l-e-x-ão

A noite em São Paulo é mágica
Ando na Avenida Paulista
Preocupada, pensativa, mas feliz,
Bebendo a brisa que passa


Abraço a noite que fala...
São Paulo, quando viajo penso em você,

Como estás? Já fiz tudo
Para me afastar de suas lembranças?


Lamento dizer, mas você está impregnado
Em mim, assim como estou em você.
Somos ligados não sei por quê acordo
No Céu, mas sei que são laços eternos.


Por isso já aprendi a amá-lo
Na incerteza das suas lembranças, mesmo de longe,



Dora Dimolitsas










sexta-feira, 17 de março de 2017




 








Na Biblioteca da memoria
A fusão existencial
Viaja no tempo da essência.

 Algo atemporal, etéreo
Impresso na retina
Rompendo barreiras,

As labaredas impressas
Sedentas sangram,
 Como uma tatuagem,

E guarda firme
Em compartimentos
Eterno todo um, universo.

Dora Dimolitsas