terça-feira, 21 de fevereiro de 2017



  
Prosa 


Existem momentos em que somos surpreendidos
Pela vida, e um turbilhão de fatos nós envolve de tal
Maneira que sentimos tirado o nosso chão,

Como a falta de vácuo, tudo fica suspenso,
E nossa própria coordenação fica automática.
Fazemos as coisas ,como um mero robô,

Claro que, pouco, a pouco voltamos a realidade
E ai tomamos as rédias das coisas, e voltamos a nós organizar
E é nestes momentos que aprendemos novas lições da vida.

E o ritmo enferveceste volta a girar, em um mundo que nós parece pessoal,
Onde tentamos com a força de um gladiador segurar os freios
Para logo sentir que somos meros expectadores

Somos estranho em nosso próprio universo,
A fragilidade de nossa existência vem ri de nossas determinações
E é ai ,que nós colocamos totalmente nas mãos do grande criador,

E então sentimos a harmonia da sabedoria nós envolver
Para assim, reconstruir nova direção.


Dora Doroty B J Dimolitsas

vácuo, para os físicos, é muito diferente daquele concebido pelo senso comum. O espaço vazio possui estrutura e apresenta intensa atividade, na forma de flutuações quânticas,   

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Comenda Tiradentes Falasp - Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo no Instituto Cultural da Fraternidade Universal !
Nossa que coisa linda ,muito obrigada meu nobre e querido amigo Thiago de Menezes.Academia de Letras de São Paulo FalasP
Obrigada Conde Thiago e nobre amigo.
Apresentação do Livro:
 O prazer erótico da palavra de Lorenzo Falcão é uma combinação de jornalista, escritor e poeta




 Quem gosta de poesia, de verdade, simplesmente gosta. Aprecia a leitura das palavras que o poeta foi encaixando ao longo dos versos, das estrofes e de cada poema, enfim. Por aí se dá o contato com a criação poética. Isso, que fique bem claro, em nível de quem consome e gosta do texto em verso, mas sem avaliações de caráter mais acadêmico, mais científico, por assim dizer... Pois, não é preciso um conhecimento erudito para gostar de poesia. É dessa forma que começo a falar sobre "Tamatiá", o mais recente livro de poesia de Daufen Bach. Escritor/poeta que vive neste continente que é Mato Grosso, especialmente, mais pra cima - ao Norte. Região mato-grossense menos habitada e mais recente na sua ocupação humana. Considero muito valoroso que a poesia brote em toda parte, pois ao poeta, não há limites geográficos. E Daufen Bach semeia a sua verve poética com intensidade e prazer, aliando-os ao conjunto de ações e de ativismo cultural que vem praticando num pedaço de Mato Grosso, onde o fazer poético é mais raridade do que lugar comum. Versejador guerreiro, daqueles que lapida a sua palavra e o seu gesto criador produzindo literatura com a boa qualidade. Como convém a um poeta escolado, Daufen não faz cerimônias com seus poemas eróticos em "Tamatiá". Não faz média, não titubeia. É verdadeiro e passa ao largo da pieguice. Os seus versos têm o que dizer e sabem como fazer isso, evocando imagens e temperos filosóficos. Há sexualidade e sensualidade em seu verso. Há aquela pegada poética suficiente para conquistar leitores. Tanto os já iniciados na arte do verso, como aqueles que pretendem experimentar a poesia, quem sabe, na carona do erotismo. A cada poema deste livro parece haver um ato sexual a desenrolar-se. Deve ser porque o sexo, que tem a ver com erotismo (pelo menos, era pra ter), esse assunto tão tabu, também precisar ser tratado com naturalidade e/ou pelo fato de que se sairmos derrubando paredes haveremos de nos encontrar com muita gente fazendo amor. Daufen parece fazer poesia como quem se deita na cama com a pessoa amada. E, por fim, reforço que a poesia de "Tamatiá" trata da sexualidade de forma espontânea, conforme deve ser a coisa. Alguns poemas são mais intensos, outros mais arrebatadores. Uns longos, outros mais breves. Sem precocidades e sem embromações. Dá prazer lê-los e cada verso tem seu tempo. Lorenzo Falcão é uma combinação de jornalista, escritor e poeta

sábado, 18 de fevereiro de 2017








  1. Avalanches

    Avalanches
    Rimas dissonantes.
    Veredas
    atravessava-lhe
    o cérebro.

    Perigos, trincheiras
    Sangue quente.
    O sibilar da serpente

    Com sangue frio
    Ouviu o mar
    Soluçar um grito.

    Dora Dimolitsas

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

As surpresas que a vida nos reserva
 

Quando jovem, era alegre, cheia de vida e com muitos projetos voltados para o futuro.  Tinha em mente que é na juventude que devemos criar nosso pé-de-meia. Por isso, labutei orgulhosa até conquistar meu espaço. Ainda bem que no clic da vida, acontecem imprevistos. Imprevistos que tornam nossos dias bem mais agradáveis e cheios de vigor.  Um dia, estava na feira, em pleno sábado, e um belo rapaz me olhava de tal maneira que parecia me despir. Ao notar que eu o olhava também, imediatamente se aproximou e foi logo dizendo: 
- Olá, me chamo Karilaos. Você tem namorado? Surpresa, respondi abobalhada: -  Não!  Para minha surpresa, ele pegou o carrinho de feira de minha mão e, com uma voz compenetrada, disse:   -  Bem, então, de hoje em diante, você é minha namorada.  Puxando o carrinho, seguiu e me chamou.  - Te levo em seu cafofo. Na entrada do prédio, agradeci e me despedi, mas para meu espanto, ele declarou:  - Negativo, vou subir. Quero conhecer a família de minha namorada.  Assustada e muito curiosa, peguei o elevador. Ele veio junto. Em casa, entrei pela cozinha. Ele entrou, deixou o carrinho e invadiu a casa. Entrou na sala, depois foi de porta em porta, abriu todas e eu, assombrada, pedi para minhas irmãs:  - Ninguém sai de casa hoje! Acho que este moço não gira bem da cabeça! Depois de fazer uma geral na casa toda, ele disse:   - Agora eu preciso ir. Vou levar o almoço dos meus pais, porque hoje é meu aniversário.   Disparei a rir e ele completou:   - Vim comprar almoço pronto para poupar minha mãe! Às dezenove horas, estarei aqui para firmar nosso namoro.   Eu não consegui responder nada. Ele deu tchauzinho e se foi. Atitude que me deixou preocupada, mas também muito mais curiosa.  Na minha juventude, os rapazes ainda tinham um certo respeito para com as moças e a família era muito importante. Por isso, pensei que não corria o risco de que ele poderia ser perigoso no sentido marginal. Ainda assim, morava com mais três irmãs e eu, sendo a mais velha, cuidava de todas. Por isso, insisti no meu pedido anterior: - Hoje, por favor, ninguém sai de casa!   Foi uma risada geral. Ninguém acreditava no que contei, mas, ainda assim, ninguém saiu.  Na hora marcada, em ponto, ele chegou. Pensei que precisava conversar e esclarecer as coisas. Talvez percebendo isso, ele me pegou pela mão e de modo arrebatado, foi logo dizendo:  - Eu entendi. Fui bastante precipitado, mas é que eu não sabia como fazer para não deixar você me escapar. Por isso, achei melhor ser franco de uma vez.  E assim, de surpresa em surpresa, fomos nos conhecendo.  No ano seguinte, nos casamos. Hoje, trinta e nove anos depois, este jovem ainda consegue me surpreender com sua maneira totalmente diferente de ser.   Alguns dos momentos bem característicos dele, foi logo no primeiro mês de namoro, quando ele passou a reclamar pela falta de tempo que tínhamos. Por isso, lhe disse que sempre trabalhei em três empregos, de quatro horas cada um, já que precisava fazer o meu pé-de-meia.   No dia seguinte, no ato de coragem, ele passou a me acompanhar em cada emprego e, naquele dia, ficou me esperando até o horário de sair de cada um dos lugares onde trabalhava.  
Cancelou seus compromissos (ele terminava o Curso de Eletrotécnico), só para se certificar que eu realmente trabalhava tanto, o que, na opinião dele, era impossível. Onde já seu viu uma jovem tão dedicada ao trabalho! Outra ocasião, disse que me buscaria no serviço. Na saída, ele não estava. Peguei um ônibus e fui embora, mas ouvi gritos. Curiosa, prestei mais atenção à comoção: era ele, correndo, tentando deter o ônibus na rua. O motorista parou no farol. Ele entrou no ônibus, me pegou pela mão e saímos às gargalhadas, deixando o povo no ônibus perplexo. Banhos de chuva, sentar no chão do metrô, correr atrás de ônibus.  E assim tem sido minha vida com este maluquinho, cheio de energia alegre, atrapalhado, mas foi a coisa mais importante de minha vida.   Sempre devemos estar prontos para as surpresas que a vida nos reserva.


Dora Dimolitsas São Paulo – SP 

Escritora, Poeta, Jornalista, Atriz. Com mais de 100 prêmios e um trabalho intenso em Cultura nos Espaços Culturais em São Paulo. Como Produtora Cultural, desenvolveu: Proyecto Cultural Sur/Paulista, com eventos dentro dos hospitais públicos, para pacientes, funcionários, e crianças leucêmicas e hemofílicas; eventos pela Prefeitura e Casa das Rosas; foi Coordenadora e Representante/SP da Ass. Poemas à Flor da Pele; eventos no Centro Cultural de São Paulo, Biblioteca Alceu Amoroso Lima; Biblioteca Mário de Andrade; Eventos de Rua – Ladeira da Memória (SP); Pça da República (SP); Pça. Santa Cecília (SP); Bar do Batata, Hotel Cap Cana. É Membro de várias Academia de Letras e Artes, como Falasp, Artpop (Cabo Frio), Acad. Cabista de Letras, Acad. de Letras de Niterói, Ass. Literarte, Cônsul Poetas Delmundo Bela Vista. É ainda Colunista do Jornal o Rebate e Jornal São José; Parceira Oficial do Jornal Sem Fronteiras. Autora das peças Dama de Vermelho Por Intenção e Cortejo de Baco, além dos Roteiros Os Druídas e O Segredo da Pedra da Luz, em parceria, e o Roteiro O Beethoven Brasileiro. Participou em 300 Antologias. Possui 2 livros solos: Coruja Mitológica e Fractais e Poesia.

doroty.dimolitsas@uol.com.br wwwcorujasonlinecom.blogspot.com.br

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

FELIZ ANO NOVO

1 de janeiro: o livro da vida se abre
Em páginas em branco,
O livro das conclusões fecha-se.
O fruto da árvore da vida foi devorado,
E novas frutas são apresentadas.
Desejo que sua fruta seja doce,
Com sabor de amor.
Que sua fruta tenha 365 pedaços
Todos bem suaves e suculentos.


Renascendo o sabor pela vida
Pelos amigos e por tua caminhada.
Que a felicidade bata à sua porta
Que o dia seja um fechar e abrir de cortinas,
Onde o palco da vida abra os braços para te abraçar.
Retribua este abraço e seja feliz.

                                                        Dora Dimolitsas

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Peça Cortejo de Baco no ceu do jabaguara.



Peça Cortejo de Baco no ceu do jabaguara.
Cortejo de Baco na Praia Grande













Cortejo de Baco na Praia Grande
                                                         Premio da Falasp

Lucia ,Conde Valdeci, e Dora Dimolitsas