Buscamos o sorriso,
Na resposta ,e no silencio
Acreditando que tudo acontece.
No abandono das ideias.
Na complexidade da vida, pela vida
Aquilo que pensamos
Parece ser um dilema,
A verdade,coisas pequenas
Com ares de importância
Me faz repensar
Fazendo-nos sentir na pele
Aquele brilho se manifestar.
A luz que banha a noite
Pode nos tocar
Dora Dimolitsas
O nascer da poesia
E como um jardim que brota.
No asfalto, ou entre espinhos,
No campo, ou na estufa,
Vai brotando, nascendo.
A perfeição da luz traz
O reflexo da energia,
da vida, e do amor permanente
A beleza das palavras construídas,
O sentimento puro e real
Arrebenta o peito e nasce.
As verdades vão brotando
Uma flor desabrocha.
Um ser carente de existência
vai para o papel
Cria pernas, asas, e voa.
Dora Dimolitsas
No mundo de Curumim
Infinito é o tempo
Antes de lhes ser dado a luz..
Luz da Visão,
Todos o cercavam de carinho
E Curumí
correspondia
Tocando o melhor que podia,
Cantava como um Orfeu.
Todos que o ouviam paravam extasiados
Até os bichos se acalmavam
Tupã que ficava feliz com a voz de Curumim
Veio ajudá-lo,e aos olhos de
Curumim resolve deixar a luz brotar.
Mas era segredo e só a mãe sabia
Tanto fizeram que a mãe contou o segredo
Então Curumim voltou a ficar cego
E não suportando a falta da luz
Curumim no rio se jogou
E Tupã o transformou em pedra...
Na curva de um rio
Ao ouvir uma pedra gemendo é
Curumim lamentando e chorando
A falta de sua visão.
Dora Dimolitsas