terça-feira, 18 de novembro de 2014



Reptil transita o verso
na Cripta dormente
Presas pelos dentes empedernidos

Na longa estrada do sol poente
A epiderme impede
O fremir, deixando
O carrapito em pé

Dora Dimolitsas

Como espada afiada
Ou arame farpado,
Um lampejo em espiral

Esperanças Esquivas
De uma hábil jornada.
De cantar ou sangrar

Não como espelhos rachados.
Ou estátuas de mármore
Apenas um sol fluorescente

Dora Dimolitsas



Avalanches
Rimas dissonantes.
Veredas
atravessava-lhe
o cérebro.

Perigos, trincheiras
Sangue quente.
O sibilar da serpente

Com sangue frio
Ouviu o mar
Soluçar um grito.

Dora Dimolitsas

Taça Quebrada
Sol poente
Águas paradas,

Garganta devastada,
Pálpebras, ossos,
E espinhos da loucura.

Os pés seres plasmados
Inconcreta criação

Hibernação, e barbatana de couraça.
O pêndulo refletiu no espelho
Geografias de buraco negro.

Dora Dimolitsas

Equilíbrio Quântico

Equilíbrio quântico,
Vibrações translúcidas,
Na  percepção harmônica.

Que seus olhos expressivos e ovalados
Iluminem, através do cristalino,
A janela da alma, o palácio interno em seu coração.
 
E sinta as vibrações da consciência.
Sinta a dança da vida, e os  rodopios.
Do bailar em seu mundo.
                                                   Dora Dimolitsas



É noite
A luz avança sobre a noite, 
                     o chicote   enrosca –se no crânio,
O cérebro  exposto  sobre retorcidos caracóis,
                                              Percorre  a espuma do abismo.
 Sobre  faíscas rotativas,
Dores abdominais
 Cachoeira   é  alimento ,
                                              Com  forma de ovos estalados.
Com   fortes raízes  fincadas ao chão,
Grande agonia, um esforço sobre-humano,
                             A ajuda não chega...
 E do ventre que sangra,
                        A vida se extinguiu.  A noite voltou.
Doroty B J Dimolitsas

domingo, 16 de novembro de 2014



A Tela
Na Pintura
descrevo  
Em  teu corpo 
Versos metamorfoseados.

  Nos pinceis,
O reverso do verso,
Da ação incontida.

Dora Dimolitsas




Artemis

De natureza agreste
Protetora dos bosques e montanhas,
Flecha ligeira, atinge quem se atreve a
A maltratar filhotes,
E prejudicar lagos e montanhas.

Caçadora bela e veloz,
Senhora da Ursa, e do Servo
Deusa das artes, da vida e da luz.
Somente um ser conseguiu seduzi-la
 Mas com sua flecha,   feriu-lhe, o peito 

  Perdendo seu coração.
 Em lagrimas lança seu amado no firmamento
 Que fragmentado é  transformado  em constelação
E como estrela ainda hoje brilha em seu coração.
Dora Dimolitsas




A  Iris tremula no azul e branco

O verde fica efervescente

E o amarelo furta cores.



A transparência das águas,

Criam cores variadas

E peixes saltam ao encontro das cores.



É tanta metamorfose,

Que as flores confundem-se

Com as cores



Dora Dimolitsas

 




Relógio do tempo
Esqueleto de Zeus,
Hora cinza,


Badaladas ao avesso Sombras vadias Barreiras rompidas.

Arrebatamento das mascaras
Euro, transfusão desajustada

Dora Dimolitsas