sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Saraus







De sarau em sarau
Vou desnudando a minha alma
Na interação entre amigos,
Sons e luzes brilham na noite...

Entre cantos de canarinhos
e piados de periquitos,
Sentimentos no ar,
Amizade brota solta
Com muitas historias pra contar.

No palco a alma fala e não cala.
Desnuda-se, criando e parindo poesia
Criação do coração

Dora Dimolitsas

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Um Índio chamado Curumim



Um Índio chamado Curumim

No mundo de Curumim

Infinito era o tempo

Antes de lhes ser dando a luz..

Luz da Visão,

Todos o cercavam de carinho

E Curumi correspondia

Tocando o melhor que podia,

Cantava como um Orfeu.

Todos que o ouviam paravam extasiados

Até os bichos se acalmavam

Tupã que ficava feliz com a voz de Curumi

Veio ajudá-lo,e aos olhos de

Curumi resolve deixar a luz brotar.

Mas era segredo e só a mãe sabia

Tanto fizeram que a mãe contou o segredo

Então Curumi voltou a ficar cego

E não suportando a falta da luz

Curumi no rio se jogou

E Tupã o transformou em pedra...

Na curva de um rio

Ao ouvir uma pedra gemendo é

Curumi lamentando e chorando

A falta de sua visão.

Dora Dimolitsas

domingo, 2 de setembro de 2007

Poesia


Em silencio contemplo a tela de

Hyeronimus Bosch

Onde sábios e bruxos

disputavam espaço.

A criação falava com imagens

Falando dos poderes das bruxas

E da transformação da Terra,

Do céu e do mar.

Sem esquecer-se

De destacar os homens pássaros

Que na poesia alcançam vôos

Unindo o passado ao presente

Tornando o planeta uma pequena casa

Dora Dimolitsas

A LUZ QUE BANHA A NOITE


Olá Boa noite te desejo um bom final de semana

Com amizade da Dora

Na resposta do silencio
Buscamos o sorriso,
Acreditando que tudo acontece.
No abandono das idéias.
Na complexidade
Da vida pela vida

Parece ser um dilema
Aquilo que pensamos
O que é verdade
Coisas pequenas
Com ares de importância
me faz repensar

Que a luz que banha a noite
Pode nos tocar
Fazendo o sol brilhar
Fazendo-nos sentir na pele
Aquele brilho se manifestar.
Dora Dimolitsas

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Homens fizeram-se de deuses



Homens fizeram-se de deuses

Só por um tempo respirando o céu...

Sobre a terra uma dança,

Uma canção.

Deuses e homens fizeram-se um só

A Terra ficou na saudade

E para toda eternidade fez de si um palco

Onde deuses e homens transitam

O sol e a lua reverenciam...

E as estrelas os cumprimentam.

Dora Dimolitsas


À Aguia


Subindo a Águia




Em busca de sua morada

Voando altaneira.

Em manobras ligeiras

Nos céus planando cautelosa

Vigia seu ninho

Cercando os seus filhos de carinho

Na luta por sobreviver

A Águia confunde a cabeça do poeta

Ésquilo com uma pedra,

E deixa cair sobre ela

Uma tartaruga.

O criador das tragédias Gregas

Morreu tragicamente

Complementando em sua morte

Que foi de verdade o criador das tragédias

Dora Dimolitsas